terça-feira, 15 de junho de 2010

Tempo de esperança.

Era de se esperar.Já conhecíamos o tamanho deste sentimento 
que você fez questão de carregar consigo durante todos esses anos.
Mas nós tentamos te alertar. Dizimamos sempre que não era tarde
pra você se livrar dele. E o seu orgulho conseguia ser ainda
maior e defendê-lo.
Me lembro daquele dia em que você consegui vencê-lo,
tocou a campainha lá de casa e me pediu ajuda.
Atordoada, você tinha caido em si.
Me disse que se recordava da sua mãe lhe ensinando
 sempre a cultivar apenas bons sentimentos.Você me disse
que se encontrasse com ela não conseguiria erguer
o rosto diante de tamanha vergonha que sentiria.
 Mas também me disse que não sabia o que havia dado errado.
 "Onde foi que errei ? O que calculei errado?"
Foi quando eu lhe disse:" Isso não importa mais, o momento mais importante
não é aquele que você começou a errar, mas sim aquele em que você
decidiu que não iria mais errar."
Você me abraçou e no meio de lágrimas que desciam vagarosamente, eu pude ver em seu olhar
um novo brilho. Você me disse que começara a sentir algo que fazia um bom tempo que não
sentia: Esperança.
Isto me fez refletir que às vezes quando a gente quer ajudar alguém não respeitamos o tempo
dela, sim, pois há tempo para todas as coisas. E quando a gente resolve deixá-la sozinha, ela
consegue cair em si . E , sozinha, determinar que é o tempo de pedir ajuda.

Um comentário:

  1. que texto mais bem escrito,Lúh! E o pior,ou melhor rsrs : é pura verdade.
    As vezes a gente deve respeitar a ''dor'' de alguém.

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